“É certo que estas simples informações podem aproximar médico e paciente, e como visto, esclarecimentos simples podem ser feitos, mas, CUIDADO!” Amanda Bernardes
São precárias as regulamentações sobre o tema no CFM, a bem da verdade, o médico que deverá ter bom senso e ética para decidir sua conduta, como segue:
1. As normas do CFM vedam ao médico consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância.
2. Mas há ressalva, para o CFM o médico pode orientar por telefone pacientes que já conheça, aos quais já prestou atendimento presencial, PARA ESCLARECER DÚVIDAS SIMPLES (ex: dúvida quanto ao medicamento que foi prescrito).
O Conselheiro Emmanuel Fortes, destaca: “O que não pode é substituir a consulta presencial por esse tipo de informação ou iniciar um tratamento sem ver o paciente”. Adverte, ainda, que dependendo do caso, o médico pode solicitar ao paciente que compareça para uma nova consulta ou para uma consulta de reavaliação.
Nossa Opinião:
IMPORTANTE: Há uma linha tênue entre o favor ao paciente e a negligencia médica, pois como já dito, o médico não tem contato com o paciente, fato primordial para qualquer afirmação. Mesmo que contenha fotos, nada substitui o contato físico com o paciente.
DADOS que evidenciam a necessidade de maiores cuidados pelos Médicos:
Em pesquisa, a Revista Exame destaca: “87% dos médicos brasileiros usaram o WhatsApp nos 30 dias anteriores à entrevista para a comunicação com pacientes. O número é muito superior ao de outros países. (…) Segundo o estudo, só 2% dos médicos britânicos usa o aplicativo para se comunicar com pacientes e o índice é de 4% entre os norte-americanos.
Os números demonstram que os médicos norte-americanos e britânicos, já acostumados com a indústria do erro médico, cercam-se de meios de defesa, excluindo atos e fatos que possam fundamentar os processos.
Orientações de nossa equipe:
– Diagnósticos e prescrições não devem ser feitos;
Informe ao paciente que o mesmo deve procurar o pronto-atendimento dos hospitais para analise e consulta médica.
– Se deseja não atender este tipo de chamado, informe ao paciente durante a consulta, que este meio de comunicação não é utilizado por você profissionalmente;
– As mensagens trocadas estão sobre a guarita do sigilo, por isso, evite fotografias. Cientifique seu paciente, em consulta, sobre a sua recusa.
– Se optar pelo uso, faça o Backup das conversas. Tenha registro. Não dê um cheque em branco de “provas” para o paciente mal-intencionado.
Amanda Bernardes – Advogada Especialista em Defesa Médica
defesamedica.com.br